Pais, filhos e a ausência
- Susana Santos
- 5 de set. de 2020
- 2 min de leitura
Amor maior não existe!
Os anos passam a educação e relação que vamos mantendo com os nossos filhos, trazem como base os nossos ensinamentos de crianças, os bons e os maus, os que queremos melhorar da nossa aprendizagem e os ensinamentos que trazemos por arrasto dos valores incutidos.

Eles crescem e as personalidades revelam-se, choca-nos muitas vezes as rejeições ou anulações que eles tem por nós e o aperto no peito teima em manter-se...
A angústia instala-se por consequência dos vários desentendimentos incompreendidos... mas alguma coisa fez com que esses estados se instalassem, será que queremos mesmo perceber o que foi?
O que leva um filho a não conseguir comunicar com os Pais?
O que leva os Pais a insistirem para que essa comunicação se estabeleça?
O que leva à negação de aproximação, toque, respeito, estar e até da proximidade da respiração de ambos os interlocutores?
Estas são questões de grande revelação, mas estas também são questões que os próprios Pais têm receio de desvendar, pelo simples facto de poderem sentir que podem ter falhado nalguma parte da educação.
Os erros não existem, todos nós fazemos num determinado momento aquilo que consideramos correto para ambas as partes.
O resultado dessas acções é que dita o impacto que surtiu por parte de cada um.
A pré adolescência é tão ou mais importante que a própria adolescência, quando se dá muito amor é sempre o melhor caminho para os anos seguintes.
Agora, quando na pré adolescência nos libertamos de responsabilidades de Pais para iniciar um ciclo de liberdades decorrentes do período que se adivinha, ai sim, já se começa a contribuir para o afastamento do nosso amor maior.
O dialogo permanente, a responsabilização pelas decisões a tomar, o amor incessante são contributos para uma aproximação de pais e filhos.
Quando por parte dos pais se ditam liberdades para projecções de "modernices", ou quando os Pais ditam ditaduras de contenção de movimentos, pensamentos e acções, os resultados obtidos pelos seus filhos, são de igual modo, destrutivos para a relação, de compaixão e respeito por eles mesmos.
Pensar que temos tudo controlado apenas porque somos Pais é um disparate grosseiro.
Ter consciência que o respeito, dedicação e responsabilização das acções de ambas as partes, têm de ser partilhadas é uma clareza que nem todos estão disponíveis a experimentar...
O que queres para os teus filhos?
by Susana Santos
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