Confiança
- Susana Santos
- 1 de nov. de 2020
- 1 min de leitura
Atualizado: 8 de nov. de 2020
Uma vez quebrada deixa marcas irreparáveis.

Permitimos reservar para nós os traços mais fortes da nossa personalidade, os pontos mais fracos do nosso ecossistema e os nossos desejos mais profundos.
Quando esta reserva passa a ser partilhada com alguém é como se fosse permitida a multiplicação do nosso corpo, para a busca da divisão, da partilha, da aceitação e opinião.
O que mais nos incomoda com essa partilha, é se a mesma está a ser feita com a pessoa ou pessoas certas.
Na maior parte das vezes, e já na idade madura da vida, a selecção é quase minuciosa, porque as experiência vivenciadas, provaram que nem todos estão disponíveis a ouvir, respeitar e guardar.
Essa é a maior reticencia da confiança, quem é a pessoa certa, quem é o outro lado do espelho, quem está receptivo para "carregar" a nossa confiança, a nossa história?
Podemos e devemos confiar, nunca iremos saber quem é a pessoa certa com quem o fazer, porque as pessoas só se revelam com os anos e com a convivência, com as suas necessidades e com as necessidades alheias.
Devemos no entanto permitir essa partilha, como fazem connosco, muitas vezes, na esperança que também nós estejamos receptivos sem julgar e sem a necessidade de utilizar a partilha para beneficio próprio.
Não é errado partilhar a confiança, não é é saudável quebrar os valores que essa confiança acarreta.
by Susana Santos
Comments